terça-feira, 2 de agosto de 2011

Modelo Para Morrer – Clássicos da Coleção Negra

Modelo Para Morrer inaugura uma linha de autores nacionais da Coleção Negra. Flávio Moreira da Costa, vencedor dos principais prêmios literários do país, e é também um dos pioneiros na ficção policial no Brasil e publicou, no início dos anos 70, A perseguição, ou Eu vi a máfia de perto, e, no início dos anos 80, Av. Atlântica. lançou pela Record o romance O equilibrista do arame farpado (Prêmio de Romance da Biblioteca Nacional) e o volume de contos Nem todo canário é belga, ambos premiados com o Jabuti.


Flávio Moreira da Costa estava afastado dos policiais, pois perdera o manuscrito de um novo romance, esquecido em um banco de táxi. 14 anos depois, o motorista, já aposentado, encontrou as páginas e fez questão de devolvê-las. Flávio, então, resolveu terminar MODELO PARA MORRER; I.E., JANE APRIL NO PAÍS DAS MARAVILHAS, e o resultado é um romance empolgante que ao mesmo tempo é homenagem e crítica ao tradicional policial americano.

O protagonista é um escritor de romances policiais baratos, que assina com pseudônimo em inglês. E à medida que vai batendo nas teclas a história de um misterioso assassinato em Nova York (cidade onde Flávio viveu e que conhece muito bem), divide com o leitor as angústias de um escritor brasileiro que luta — utilizando o gênero policial — para fazer uma literatura de qualidade.

Entre as areias da praia de Copacabana e os arranha-céus da metrópole americana, duas tramas fluem paralelamente, prendendo o leitor com uma narrativa fluente e muito bem trabalhada. Um romance brasileiro que se comporta muito bem em praias americanas, onde sexo, dinheiro e drogas invariavelmente levam ao crime e ao pecado. Um romance delicioso e de leitura cativante. Perfeito para ser o primeiro livro nacional da Coleção Negra, dedicada aos maiores escritores policiais do mundo inteiro, e agora também do Brasil.

"Leitores estrangeiros do gabarito do português Fernando Namora e do argentino Julio Cortazar também não regatearam rasgados elogios à ficção desse bravo gaúcho de Copacabana." – O Globo

"Já estava em dia com As armas e os barões e Malvadeza Durão. Flávio Moreira da Costa é um senhor na nossa ficção." – Antônio Houaiss

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