quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estranha Presença, de Sarah Waters


ESTRANHA PRESENÇA

Numa ensolarada tarde de verão, na pasiagem rural inglesa, um médico é chamado para a mansão Hundreds Hall. Lar da família Ayres há mais de dois séculos, a outrora imponente construção sofre com a falta de recursos de seus proprietários, agora que se encerrou a Segunda Guerra Mundial.

Sem nenhuma razão aparente, Gyp, o dócil e velho labrador dos Ayres, ataca uma criança. Com a mordida, a menina corre o risco de ter o rosto desfigurado para sempre. Ela estava em visita na centenária casa de família, uma nobre mansão cuja aparência é um desbotado lembrete de glórias passadas. Por toda parte há reflexos das dificuldades enfrentadas pelos proprietários durante a Segunda Guerra Mundial: o papel de parede embolorado, metais oxidados por vazamentos, o aquecimento precário.

Os Ayres-mãe, filha e filho-lutam para se adaptar a uma sociedade que se reestrutura e começa a abrir as portas para o mundo. Ao mesmo tempo, procuram vencer seus próprios medos e limitações.

Mas o que teria levado o cão a cometer tal ato? Para a criada Betty, algo muito estranho toma conta da residência. Será, então, que uma terrível presença incitou o animal?

Mas esse não é o único evento aparentemente inescrutável a assolar a casa e seus moradores. Roderick, herdeiro dos Ayres, afirma ter visto objetos se mexerem em seu quarto. E o que dizer da irmã Caroline, que jura ouvir passos de Gyp pela casa, mesmo depois de o cão ter sido sacrificado? Para a mãe, o terror vem em forma de rabiscos na parede- o nome de sua primigêntia, morta aos 7 anos, em inseperados garranchos infantis atrás dos móveis.

Seriam eles assombrados por algo mais sinistro do que seus anseios, do que seu ultrapassado modo de vida? O Dr. Faraday não poderia imaginar o que o espera dentro dessas paredes com fachadas georgianas. E como esse encontr mudará, para sempre, a sua maneira de ver o mundo.

O livro foi finalista do Booker Prize de 2010
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Sarah Waters nasceu em 1966 no País de Gales e trabalhou como livreira e professora antes de se tornar escritora. Desde a publicação de seu primeiro romance: Toque de veludo, em 1998, passou a colecionar prêmios e críticas elogiosas. Em 2000, o jornal inglês The Guardian a elegou "a autora do ano". em 2002, o livro Na Ponta dos Dedos, publicado pela Record, foi finalista dos importantes Booker Prize e Orange Prize. Sarah lançou também, pela Ed. Record a obra Ronda Noturna.

www.sarahwaters.com

"Deliciosamente arrepiante". Washington Post

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