quarta-feira, 13 de abril de 2011

Resenha 'Corrente Sanguínea', por Luka (Que Lê Faz Seu Filme)



A resenha reproduzida abaixo foi retirada do blog Quem Lê Faz Seu Filme. Luka escreveu sobre o livro 'Corrente Sanguínea', de Tess Gerritsen, no dia 10/abril.


"- Não é o inverno que está me expulsando. Posso suportar a escuridão e o frio. O que não dá para aguentar é a sensação de não pertencer ao lugar. De que jamais vou pertencer. - Ela inspirou profundamente e sua raiva de repente se dissipou, deixando apenas uma sensação de cansaço. - Não sei por que achei que isso daria certo. Noah não queria vir pra cá, mas eu o forcei. Agora vejo a estupidez que cometi ...

- Por que você veio Claire? "

Tess Gerritsen pra mim foi amor à primeira vista. Depois de ler O Clube Mefisto, fiquei fascinada pela capacidade da autora escrever thrillers policiais sempre exaltando a medicina e com tramas tão envolventes que é quase impossível largar o livro. Sabe aqueles livros que você diz assim: - Só mais uma página e acaba lendo mais 10 capítulose quando vê já terminou? Tess é assim!
Hoje eu convido vocês para conhecer uma cidadezinha chamada Tranquility no Maine (EUA) que esconde estranhas mortes e surtos psicóticos em seu inverno gelado. O lugar era tão tranquilo que poderia receber um atestado de óbito depois da temporada de turismo. Com seus 910 habitantes e o lago Locust como atração turística, Tranquility quase fazia jus ao nome.

A doutora Claire Elliot muda-se para Tranquility com o filho Noah após a morte do marido. Noah, acalorado pela adolescência, passa por uma fase ruim onde as companhias podem influenciar o seu futuro. Claire vê na pequena Tranquility uma oportunidade de se aproximar do filho e quem sabe viver uma vida mais plena e simples, onde as pessoas não a olhassem como a pobre médica viúva.
A realidade em Tranquility surpreendeu a doutora Elliot. Constantemente comparada ao médico que falecera recentemente e tendo a todo o momento que provar a sua habilidade médica para os recém colegas no hospital, Claire beira a exaustão.

Durante um atendimento domiciliar, Claire percebe que cães brincavam com um osso humano. Imediatamente o chefe de polícia Lincoln Kelly é avisado. Lincoln era um bom chefe. Dedicado e honesto e só era alvo de boatos por conta da ex-mulher alcóolatra que não media esforços para tê-lo de volta como marido.

Ossos antigos, escavações e mais tarde uma coincidência.
Como não bastasse a falta de amigos e a desconfiança profissional, Claire vê um estranho surto de violência acontecer com jovens da cidade. Jovens pacatos que surtam e cometem crimes hediondos.
Exames são feitos e refeitos. Ressonâncias, testes sanguíneos e pistas a levam a lugar nenhum. Aparentemente, nada explica a origem do mal e Claire estreita cada vez mais as suas suspeitas e a sua determinação.

Os moradores mais velhos da cidade sentem um Deja vu, mas nada dizem. Tem certas coisas que quanto menos se fala, menos aparecem, menos se tornam verdade. Seja por conveniência ou apenas por dinheiro.


Claire desperta no chefe Kelly algo semelhante à falta de conformidade. Ele também não consegue acreditar que as mortes estejam relacionadas a algo maligno completamente sem co-relação.
Por conta de suas investigações, Claire acaba sendo alvo da maldade alheia. Seus pacientes eram cada vez um número menor, no hospital ela não era levada a sério e, enquanto isso, adolescentes cometiam atrocidades e depois de alguns dias caiam em arrependimento. Uma doença, uma meningite, uma bactéria? Tinha que haver uma explicação!

E contrariando uma cidade inteira, a verdade começa a aparecer, não antes de Claire tropeçar no amor e o perigo dessa vez, estar dentro da sua própria casa.


O livro em uma palavra: viciante

Como quem lê faz seu filme, você se sente dentro dos seriados Criminal Minds e CSI misturados. Tess Gerritsen te envolve e são tantas pistas que o quebra-cabeças só se forma quase na última página. Não imagine nada previsível porque aqui é nitroglicerina pura.
Os momentos que Claire percebe que não está morta para o amor são descritos lindamente. Esses momentos são um bálsamo em meio a tanta tragédia e ressaltam a capacidade da autora de misturar romance e mortes com maestria.


Preciso confessar que assim como a Nora Roberts é a minha diva no quesito Romances, Tess Gerritsen é a minha diva para Thrillers Policiais Médicos. Adoro cada vez mais !


Ainda ficou alguma dúvida se eu recomendo?

Recomendadíssimo!!!


* Este livro é um romance policial independente e, portanto, não faz parte da série dedicada a Jane Rizzoli e Maura Isles.


Site Oficial da autora: http://www.tessgerritsen.com/

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