OS AMANTES DA NOITE
O comissário Kostas Xaritos está de férias em uma paradisíaca ilha grega – bem, o cenário é quase esse, se não contarmos os desastres naturais e a violência inata causada pelo homem.
Em um dos raros momentos de paz que o comissário consegue ter longe da família para ler o Dicionário do Dimitrákou, a ilha é vitimada por um terremoto. Poucas casas permanecem inteiras depois da tragédia, e aquela em que o comissário está hospedado não é uma delas.
Como se não bastasse ter de se acostumar a passar o resto das férias dormindo praticamente em praça pública, a polícia local o procura para mandá-lo de volta ao trabalho.
Os deslizamentos provocados pelos tremores fizeram emergir um cadáver portando nada além de uma cueca e sinais de luta em seu corpo. As pontas dos dedos foram queimadas, para que não fosse possível identificá-lo por meio das impressões digitais. A solução do caso é quase impossível, mas o comissário não desiste, e o chefe da polícia local pede-lhe que investigue outro assassinato até que os peritos identifiquem o primeiro morto.
O segundo corpo encontrado é de Konstantino Koústas, um figurão das noites de Atenas, dono de restaurantes e casas noturnas, morto a tiros. Tudo aponta para possíveis negócios escusos do empresário, mas conforme as investigações avançam, e a identidade da vítima do primeiro caso emerge, o comissário suspeita estar diante de crimes interligados.
Numa conclusão arrebatadora, Petros Markaris desnuda a índole humana em todos os seus aspectos, evidenciando a corrupção, os impulsos passionais e os extremos a que chegamos quando a vida é posta à prova.
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