A Mão do Diabo - Dean Vincent Carter
Ashley Reeves era jornalista de uma revista de cunho científico meio sensacionalista e pouco confiável, que explora em suas matérias aberrações da natureza.
Olhando sua correspondência, viu a carta de um homem que dizia possuir o exemplar único de um inseto monstruoso, guardado a 7 chaves em uma ilha da Inglaterra.
Pensando tratar-se de uma boa reportagem, Ashley vai rumo à casa isolada do cientista Reginald Mather, em meio à um imenso temporal. Com toda sua roupa, mochila e celular molhados, o barco danificado e sem contato com o continente, Ashley se vê forçosamente hóspede de Mather, o dono do bizarro Vermelho do Ganges, um mosquito da família do aedes aegypt, porém, alcançando proporções que o deixavam do tamanho de um pássaro.
Durante sua estada forçada, Ashley ouve histórias sinistras à respeito das origens do mortífero inseto, chamado por Mather de "Dama".
O inseto é capaz de drenar todo o sangue do corpo de sua vítima e sua saliva, diferente da saliva anestésica dos mosquitos, é altamente corrosiva e necrosa todo o tecido ao redor da picada em questão de segundos.
Como se não bastasse toda essa desgraça, Ashley descobre:
* que seu anfitrião não é tão equilibrado quanto aparentava ser,
* que a ilha esconde segredos ainda mais nauseabundos que o sanguinário Vermelho do Ganges,
* que seu sangue foi esperado pela legendária Dama durante séculos...
* que ele precisa fugir à todo custo!
A Mão do Diabo, de Dean Vincent Carter (Bertrand Brasil - 2010) é um livro muito doido! Eu estava esperando alguma coisa à la A Ilha do Doutor Moreau, mas acabei tropeçando numa versão tamanho família do mosquito da dengue!! É difícil sentir terror quando o vilão é um mosquito. Ainda que ele tenha o tamanho de uma codorna (e ainda que se morra de dengue neste país...). Fica a sensação de que um tapão bem dado resolveria o problema!
Mas o autor foi muito esperto e o terror não está relacionado somente com a questão quase sobrenatural do Vermelho do Ganges, mas sim, às pesquisas sinistras e sádicas praticadas por Mather.
O confinamento de Ashley e o terror das cenas descritas pelo autor,me deixaram incomodada, como um bom livro de terror deve deixar seu leitor. No fim de tudo, somando e tirando pontos, o livro é bom, diferente e inova misturando entomologia, lendas urbanas e carnificina pura! LEIA!
PS: Ponto para a Bertrand Brasil: capa absolutamente sinistra, com detalhes holográficos e genial!
Resenha publicada no dia 22/11/10.
Visitem o site da Alessandra: http://www.alelasorciere.com.br
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